VIAGEM A PÉ PELAS NOVE ILHAS DOS AÇORES REALIZADA EM 2012 PELO JORNALISTA NUNO FERREIRA (REVISTA EPICUR E REVISTA ONLINE CAFÉ PORTUGAL, autor do livro "PORTUGAL A PÉ", EDIÇÃO VERTIMAG) APOIO VERTIMAG, Pousadas de Juventude dos Açores e SATA Contacto: nunocountry@gmail.com
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
BRUNO OLIVEIRA E A NOVA GERAÇÃO DE CANTADORES
Uma cantoria ao desafio encerra o Festival de Julho na Calheta, Ilha de São Jorge. Bruno Oliveira, 24 anos, cantador de Norte Pequeno e pertencente a uma nova geração de cantadores que emergiu na Terceira, São Miguel e São Jorge, é um dos convidados. A Calheta é apenas uma das etapas de um Verão de cantorias que leva Bruno Oliveira a viajar com frequência para as outras ilhas e em especial para a Terceira. Em Novembro, acompanhará João Leonel, "o retornado", entre outros, numa viagema Winnipeg, Canadá.
Bruno, que encontro na Calheta, começou "sem querer" a 5 de Setembro de 2009. "Eu tinha ido à festa da Fajã da Caldeira de Santo Cristo. Estava a passar junto a uma tasca e estava um amigo meu, o João Bettencourt com um fulano a tocar viola. Eu parei ali a escutar o tocador porque eu também toco e às tantas o tocador pediu para eu tocar para ele descansar os dedos. O João Bettencourt começou a desafiar-me nas cantigas, eu comecei a responder. Fui logo convencido a cantar "as velhas" à noite".
Bruno não queria ir. "Na hora da cantoria eu não queria ir mas acabei por cantar e o pessoal gostou. Depois, filmaram e colocaram no You Tube. Esse video levou muita gente a ver-me".
Bruno começou a cantar em festas em São Jorge e em 2011 estreou-se na Terceira. "Nós, os de São Jorge, seja eu, o Nuno Paz ou o João Bettencourt, somos bem recebidos lá, sem nenhum problema".
Na cantoria ao desafio, como normalmente é a Comissão de Festas que escolhe quem canta com quem, Bruno Oliveira tem de estar preparado para cantar com qualquer um. "Tanto posso cantar com um da minha geração como cantar com um veterano, uma das glórias da Terceira, como o "Retornado".
Apesar da cantoria ao desafio ter sido sempre uma tradição em São Jorge, não consegue ganhar as dimensões da Terceira. "Aqui a afluência é mais pequena, a ilha também é mais pequena. Na Terceira, as festas, a cantoria, a tourada à corda, corre nas veias do pessoal. Lá consegue-se fazer uma cantoria com mais gente. Aqui para fazer cantorias tem de, normalmente, vir pessoal da Terceira".
Além de cantar ao desafio, Bruno Oliveira, 24 anos, toca viola da terra e bandolim no Grupo Etnográfico da Beira e clarinete na Sociedade Filarmónica Recreio São Lázaro, em Norte Pequeno, de onde é natural.
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