sábado, 31 de março de 2012

"EH HOME, COMPRA-ME ESSAS LAPAS!"

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Luís entra no Café/ Restaurante da Salga mais o seu saco de lapas acabadas de apanhar nos rochedos da zona para convencer o amigo Alberto a comprá-las. São pequeninas mas saborosas. Dá-me umas para provar que Alberto providencia num prato. Mas depois de muito argumentação, Luís não consegue vendê-las. Vendê-las-á mais tarde na Achadinha.
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A SALGA POSTA EM SOSSEGO

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Ao fim de muitas subidas e descidas e de entrar oficialmente no concelho do Nordeste, acabei por parar no Café A Moagem, na Salga, uma daquelas freguesias tranquilas onde toda a gente se conhece e ainda se pode deixar a chave na porta. A construção de uma SCUT que ligou Ponta Delgada ao Nordeste em Outubro do ano passado fez com que muitos micalenses visitassem pela primeira vez a zona, conhecida durante muito tempo pela "10ª ilha". Ponta Delgada-Nordeste passou a ser feito de automóvel em 45 minutos e passou a ser moda ir tomar o café ao Nordeste. "Mas muita gente vem à Vila do Nordeste, não visita as outras freguesias. Dão uma volta pela vila e voltam para Ponta Delgada", desabafa Alberto, o animado e simpático auto-intitulado "barmen" do café. José, um vizinho da Achadinha que trabalhou 35 anos numa garagem em Rhode Island, corrobora e brinca: "Very bad".
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Fenais da Ajuda
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Ribeira Funda vista da estrada para Fenais da Ajuda
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Na Ribeira Funda
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A caminho da Ribeira Funda

HERMETO, LOMBA DA MAIA: "VOU PARA TODO O LADO"

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Muito trabalho duro ao ar livre nos Açores e mais tarde em Hamilton e Toronto, no Canadá, destruíram a saúde a Hermeto Pacheco da Ponte. "No Canadá trabalhava como "landscaper", o senhor sabe o que é? Jardins, relvados...e quando havia muita "snow", era um dos que punha sal na estrada. Quando voltou para a Lomba da Maia, onde o encontrei depois de cruzar a porta dele (foto em baixo), ainda trabalhou mais uns anos, o que lhe prejudicou ainda mais a coluna e a locomoção. "Mas quem inventou este carro foi um anjo, veja o senhor, carrego neste botão e ando para a frente. Agora tente empurrar lá atrás. Consegue? Trava ou não trava?"
Hermeto só gostava de ter na Maia e Lomba da Maia as pistas de circulação que tinha em Toronto: "Lá é uma maravilha. Aqui já falei com a câmara para tratarem disso, vamos a ver. Que tenha uma boa viagem e que Deus Nosso Senhor lhe dê saúde!"
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A casa de Hermeto tem um sinal com uma bandeira americana por cima. "Ninguém via o sinal se não tivesse a bandeira. É da América porque já não tinha uma portuguesa nem do Canadá, hei-de arranjar".
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As bandeiras de Portugal e do Canadá e o brasão da cidade da Ribeira Grande sinalizam a frágil mas determinada cadeira de rodas eléctrica de Hermeto. Na zona, todos os automobilistas já se acostumaram à sua presença.

sexta-feira, 30 de março de 2012

A FORÇA DO HUGO

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Hugo Valério, 18 anos

O Hugo estava sózinho entre linhas e anzóis quando o encontrei no porto de pesca de Porto Formoso. Por cima, no jardim e pelos cafés não faltavam os habituais desocupados à espera não se sabe bem do quê. Espantou-me a força do Hugo. Que queria mesmo é trabalhar como pedreiro mas quem lhe podia dar trabalho vai ter de dispensar homens em vez de empregar. "Eu quero trabalhar", explicou Hugo, ali desde as 3h30 da manhã. A crónica, podem lê-la no Café Portugal.

AMÉRICO, 40 ANOS COMO PESCADOR EM PORTO FORMOSO

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Américo acaba de chegar no barco do mesmo nome ao porto de pesca do Porto Formoso onde hoje existem muito melhores condições mas muito menos barcos de pesca. Dos quatro barcos de pesca profissional do Porto Formoso, o "Américo" pertence ao pescador mais velho, 40 anos de mar, 72 de idade e que não pensa tão cedo em largar aquilo de que mais gosta.
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Porto Formoso

PRIMEIRO BANHO DE MAR

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Desce-se a famosa Ladeira da Velha, onde os liberais vindos da Terceira venceram os miguelistas e está-se na Praia dos Moinhos, onde tomei o meu primeiro banho de mar, antes de seguir caminho para Porto Formoso

O ÚLTIMO ALBARDEIRO

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Ía a deixar o bulício da Ribeira Grande e a preparar-me psicologicamente para a Ladeira da Velha, Porto Formoso e lombas e contra lombas quando deparei com a loja oficina de Carlos Manuel Paiva, 78 anos. “Entre, senhor, entre”, disse Carlos, abrindo as portas pequenas verdes que obstruíam a entrada: “Já se sabe, anda muita gente por aí, tenho de ter cuidado”.
Enquanto ía dando de comer aos canários, gaiola a gaiola, Carlos foi contando a sua história de correeiro e albardeiro tendo como pano de fundo as próprias albardas e selas e calhas de carroça vermelhas colocadas uma a uma numa prateleira. A um canto dessa mesma prateleira, uma “andilha”: “Aquilo senhor, era para as senhoras virem sentadas antigamente. É bonito, não é?”
Na porta interior da loja está escrita a data de início de actividade: Dezanove de Junho de 1953. Ali, naquele local, claro está, porque Carlos começou muito antes: “Ê querido, a vida foi muito difícil. Fiquei sem pai aos 8 anos. Aprendi de correeiro, tinha um primo que era correeiro. Depois, fui para um mestre para me desenrascar melhor mas não ganhava o suficiente, continuava andando de solas e meias rotas…”
Aos 18 anos, estabeleceu-se numa barraca. “Um senhor emprestou-me 500 escudos para me estabelecer numa barraquinha. Descontava cinco escudos por semana. Nunca me esqueço daquela pessoa e rezo pela alma dele”. Dali ainda passou por mais dois espaços depois de hipotecar a casa. “Mas eu já estava namorando esta casa. Vim para aqui em 1955, trabalhava dia e noite e a minha mulher cozia e a minha mãe também ajudava e mesmo assim custava a vencer”.
Foi uma época em que São Miguel, vivendo da lavoura e pecuária, consumia muitas correias e albardas. “Cheguei a ter três ajudantes. O último eu pulo para o caminho, ele pegava dinheiro e bebia…” A melhor época do ano era o Inverno: “Eu trabalhava mais no Verão à espera das chuvas, já se sabe, as albardas apodreciam e vendiam-se mais. E eu já sabendo, esperava pelo Inverno. Obra feita, dinheiro espreita…”
No início dos anos 50, saíu de São Miguel para servir na tropa em Lisboa. “Quiseram que eu fosse tirar o curso de correeiro, não foi de minha vontade mas tive de ir. Fui para a Fábrica de Equipamentos e Arreios, em Santa Clara, ao pé da Feira da Ladra”.
Voltou e não parou de trabalhar. Mostra-me as duas máquinas de coser, uma delas com mais de cem anos. Protege-as com caixas de madeira cada uma compradas a seu tempo em segunda mão.
Hoje, Carlos Paiva é praticamente o último albardeiro da Ilha de São Miguel: “Ê senhor, há outro mas eu vou dizer uma coisa ao senhor. Nunca levei mais de 25 euros por uma albarda, ele leva cem para fazer uma”. Há uma, de estimação, guardada noutra divisão: “Esta, eu dei à minha filha que é professora”.






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Após um dia e uma noite de chuva, veio o bom tempo. Quinta-feira na Ribeirinha
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Calhetas
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Entre Fenais da Luz e Calhetas
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Fenais da Luz
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quarta-feira, 28 de março de 2012

MEMÓRIA BALEEIRA NAS CAPELAS

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Pouco resta da memória baleeira na freguesia das Capelas, São Miguel, apesar da actividade ter envolvido muita gente dali, de Santo António e de Faial da Terra. Um belo dia, tudo hipotecado ao Banif, a fábrica de óleo de baleia dos Poços foi desmantelada. Ficou o que se vê na foto. "Aqui caçou-se muita baleia, na Terceira e na Graciosa e em Santa Maria também. No Pico, o povo é mais unido e preservou tudo", lamenta João Luís Mariano, conhecido cantador e ex-baleeiro.

terça-feira, 27 de março de 2012

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O trânsito automóvel só começará a aumentar à medida que me aproximo de freguesias mais populosas e próximas de Ponta Delgada, como Santo António e Capelas
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Saudação entre irmãos de estrada
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Em Santa Bárbara
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Remédios numa tarde nublada. Nas pequenas freguesias da Bretanha, fui encontrando as juntas de freguesia fechadas. "Só abre à noite", era quase sempre a resposta. Fiquei com a amarga sensação de ter contactado pouco as pessoas da zona.
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Estrada entre a Bretanha e Capelas
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Na Bretanha
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Na Bretanha

segunda-feira, 26 de março de 2012

DESPEDIDA SUADA DOS MOSTEIROS

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Descer aos Mosteiros foi bem mais fácil do que saír de lá hoje de manhã pelo acesso em direcção à Bretanha e que passa junto ao Pico dos Gatos e termina na... Lomba dos Homens. De cada vez que olhava para trás, apreciava mais uma vez o quadriculado dos terrenos da freguesia, o batimento cardíaco acelerado.
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Uma subida suada, a mochila a pesar como chumbo, às tantas observada por vacas, sempre elas.
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domingo, 25 de março de 2012

OS ÚLTIMOS PESCADORES DOS MOSTEIROS

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Tomé Luís Ferreira, 69 anos

A comunidade piscatória dos Mosteiros, na ponta ocidental da Ilha de São Miguel nunca rivalizou com a de Rabo de Peixe mas já houve tempos em que mais de 20 a 30 embarcações saíam ao mar e em condições muito mais precárias do que as actuais. "Isto é para acabar", diz Tomé Ferreira, pescador desde os 14 anos de idade, "os mais novos não querem pescar, preferem receber o rendimento mínimo e receber do Banco Alimentar".
Os que ainda pescam no pequeno porto de pesca, remodelado há uns anos, pertencem a famílias que se dedicaram à pesca de geração em geração. Manuel Canário, 51 anos, pesca sózinho, a pesca que o pai lhe ensinou. "O meu pai morreu no mar há 30 anos, morreu ele e outro. Eu passei tempos difíceis. O corpo nunca apareceu. Sempre que vi alguma coisa aparecendo na água eu pensava no meu pai".
As obras no porto não melhoraram o mais complicado, os baixios da barra. "É muito baixa", explica Serafim Manuel de Matos, 71 anos, 40 de mar e 10 de emigrante no Canadá. "Agora, com motores, é fácil mas dantes saíamos a remos, quantos barcos viraram aqui".
O mar, esse, é, rico em peixe, garoupa, abrótea, congro, chicharro, cavala, cherne. Tomé Luís Ferreira, 69 manos, que o diga. Um dia pescou um espadarte de de 110 quilos. "Em três meses apanhei três peixes daqueles e deixei fugir um A fotografia desse espadarte está na América. Já disse à minha filha, que está em Fall River, que eu quero essa fotografia".
Tomé viu a vida andar para trás duas vezes. "Vi a morte duas vezes. Uma vez o mar estava bom ali para a Ferraria mas em chegando aqui não conseguia entrar na baía. Eu nem me lembro como entrei com o barco, o barco encalhou na areia. E de outra vez, a minha mulher *à espera da lancha, ficou debaixo da lancha, o mar estava muito ruim".
Tomé diz que os mais novos não querem a pesca porque é muito precária. "E o governo pede o segundo ano, o terceiro ano, ninguém com o terceiro ano quer pescar. Esses do governo podem saber muita coisa mas como pescar a 300, 400 metros de fundura, eles não sabem senhor".
O que sempre valeu aos pescadores dos Mosteiros foi manterem também alguma terra: "Batata, milho...e eu com 70 anos ainda vou cortar relva a Ponta Delgada".
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Mar bonito mas difícil: "Com os pés em terra a vida é mais fácil".
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Serafim Manuel de Matos, 71 anos: "Em Rabo de Peixe eles vivem só da pesca. Aqui sempre tivemos batata...A gente pagava a renda mas sempre tinha mais qualquer coisa".
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Areias negras dos Mosteiros
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A minha primeira moreia frita

Acabadinho de chegar aos Mosteiros e apesar do vento, consegui almoçar na esplanada e pedir a primeira moreia frita da viagem. Fresquinha, magnífica, ali a escassos metros dos arrifes negros da freguesia.
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Vista do Miradouro do Escalvado, Mosteiros ao fundo
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Várzea
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A caminho dos Mosteiros

sábado, 24 de março de 2012

ENSAIO NA FILARMÓNICA

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Não quis deixar os Ginetes sem assistir a um ensaio na Banda Filarmónica Minerva, uma vestuta instituição local. Estava uma noite húmida e fria. Os rostos antigos espalhados pelo corredor que leva à sala de ensaio inspiravam respeito. "Devia vir cá daqui a uma semana, vamos ter nesta sala 50 pessoas, a banda e o coro, tudo junto. Se puder passe por cá", convidou o ensaiador.
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Banda Filarmónica Minerva, ensaio de sexta-feira à noite
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Ginetes à noite

sexta-feira, 23 de março de 2012

"NÃO TROCO AS MINHAS ILHAS POR NADA"

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Em breve, a estação dos CTT dos Ginetes vai fechar. Muitos vão sentir falta do posto dos correios e outros tantos das desgarradas entre a guitarra portuguesa de José Duarte e a viola da terra de Luís Rego, 59 anos, 20 nos correios dos Ginetes. "Eu passava horas a ouvi-los, não havia movimento, eles tocavam", conta um morador.
Luís é de Ponta Delgada, mais propriamente da Fajã de Baixo e há muito que toca em grupos musicais. Teve uma banda em jovem chamada OS REBELDES. Tocavam temas dos Beatles e Rolling Stones. Já tocou viola acústica em grupos folclóricos, já tocou fado e participou recentemente na gravação de um cd prestes a ser lançado do grupo "Vozes do Mar do Norte".
Desde há quatro anos, Luís Rego interessou-se mais pela viola da terra: "É a nossa cultura, é a saudade, é o sentimento açoriano. Quase todas as famílias tinham uma viola da terra. O meu avô tinha uma viola da terra sempre deitada em cima da cama para não apanhar a humidade. Cresci com aquele som".
Luís Rego, prestes a deixar os Ginetes mal a estação feche, vai continuar a dedicar-se à música, à viola da terra e nos Açores. "Não troco as minhas ilhas por nada. Tenho um irmão em Inglaterra, outro em Lisboa, um em Boston e outro na Califórnia. Eu não largo as ilhas".

" A FERRARIA 'TÁ UM BOCADINHO PARA O LUXO"

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Nasceu na Maia, do outro lado da ilha, por isso aqui nos Ginetes lhe chamam o Manuel "da Maia", embora o seu nome de baptismo seja Manuel Pimentel da Costa. "O meu pai veio tomar conta de um prédio de um senhor de Guimarães. Estou aqui há 62 anos".
Manuel é agricultor, um dos últimos numa freguesia rendida à agro-pecuária e ao trabalho em Ponta Delgada, quando há. Mas, sobretudo, é um homem da terra, do mar, lavra, semeia, pesca e caça ou gostava de caçar. Já pescou tanto na Ferraria, onde agora foram remodeladas as termas, que tem lá um pesqueiro com o seu nome: Cova da Maia.
"Já pesquei muito, já ganhei taças, pesco moreia, abrotea, sargo, anchovas, bodeão, peixe viola...Anchovas é aos quilos..."
Ainda as termas da Ferraria não estavam remodeladas como agora, com restaurante e spa e piscina interior e massagens e já Manuel da Maia transportava doentes. "Cheguei a levar lá doentes que não conseguiam andar, iam em cima das albardas dos burros. Lembro-me de um trancador de baleias das Capelas que veo para aí todo curvado e ao fim de 21 banhos foi pelo seu pé". A água era bombeada e levada em barris para a velha casa que lá existia.
Hoje, Manuel não está muito satisfeito com a obra: "Gastaram milhares de euros ali, o nível de água está subindo imenso e o areal entope a tubagem. Tenho medo que fique ali um novo hotel Vista do Rei (referência ao Hotel Monte Palace que está abandonado junto à Lagoa das Sete Cidades).
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Manuel também acha que a Ferraria devia continuar a ser para todos: "Está um bocadinho para o luxo, o senhor está a compreender? Devia ser para todos como antigamente, o meu amigo entra e eu entro e entramos todos como na igreja, não é assim?"
Nos Ginetes, Manuel já foi um pouco de tudo desde dono de um dos cafés- "Eu não parava ali, eu sou homem da terra, como é que me dava ali?"- até presidente da cooperativa e regedor: "Fui o último regedor".
Enquanto foi novo, habituou-se a conhecer os Ginetes como uma freguesia agrícola. "A emigração levou muita gente. Temos mais de mil e tal pessoas dos Ginetes no Brasil, no Canadá e na América". A emigração levou consigo muitos braços para trabalhar o campo.
"E depois, veio a União Europeia, esqueceram-se todos da agricultura. O meu amigo conhece esta quadra? "Em Janeiro sobe ao outeiro, se vires verdejar põe-te a chorar, se vires torrejar põe-te a cantar". Esta freguesia era assim...agora não, a agricultura desapareceu, só há pecuária e quem está sem trabalho prefere o rendimento mínimo".
Manuel "da Maia", um dos últimos que cultiva o campo, vê com desgosto este ciclo vicioso: "O povo viciou-se nos subsídios e no rendimento mínimo. Eu cá sou um homem feliz, não sinto a crise e não preciso do governo para nada. Tenho a reforma e continuo plantando três alqueires de batata, um alqueire e meio de batata doce, feijão, banana..."
Por detrás de muitas das casas dos Ginetes existem quintais: "Dantes eram todos trabalhados. Hoje preferem criar um bezerro para receber o subsídio..."

quinta-feira, 22 de março de 2012

ÁGUAS BALSÂMICAS

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Posso comprovar depois de despir o meu equipamento impermeável e no decorrer de um dia de chuva, que as águas das Termas da Ferraria são boas, balsâmicas, tanto para o corpo como para o espírito. Mas caso tivesse dúvidas da propriedade das águas, não me faltariam testemunhos incentivadores da parte dos locais. Ele é o holandês com a pele em carne viva e que ao fim de duas semanas de Ferraria foi curado, ele é o da criança que já tinha ido a Cuba e se curou na Ferraria...
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