No dia seguinte, retomei a caminhada na zona da Lagoa das Patas, segui até à Gruta de Natal, fechada aquela hora da manhã, aproveitei para fotografar o cenário idílico da Lagoa do Negro e redondezas e segui para norte, numa tentativa de contornar o Pico Rachado e chegar pelo leste ao Pico da Lagoinha, que continuo a conhecer apenas de fotografia.
Passei grande parte dessa tarde a perder-me em incontáveis caminhos florestais até, os músculos das pernas a pedirem rendição, decidir desistir e descer até ao Raminho, na costa norte.
De uma das vezes, subi até umas pastagens perto do Pico Rachado. "Anda perdido?", perguntou um lavrador acompanhado pelo filho, a tratar de umas vacas perto do cume.

"Aqui para cima já não vai a mais lado nenhum". Resultado: Trouxeram-me para baixo à boleia na caixa aberta da carrinha. Já cá em baixo, o lavrador explicou detalhadamente como devia fazer para chegar à Lagoínha: "Até um tanque de água para as vacas, depois à esquerda e depois de novo à esquerda..." Claro que me perdi ( continuo teimosamente a não usar GPS) e passei o resto da tarde a caminhar por diferentes cenários de floresta até ir ter a uma canada com o nome sugestivo de Canada de Trás do Pico, de onde já se via a torre da igreja do Raminho.
Sem comentários:
Enviar um comentário