
E de repente, já não muito longe onde o trilho que liga Norte a Lagos é atravessado pela ribeira do Amaro, apareceu a lama, praticamente sem escapatória possível. Coloquei um pé numa pedra e quando ía a tentar conseguir um apoio seco e seguro para o pé direito...flop, a bota enterrou, de tal forma que tive de descalçar-me e içá-la. A bota, qual ser vivo, não queria obedecer-me. Raspei com a ajuda de uma cana o manacial de lama que a retinha consigo até a poder puxar. Quando a recuperei, foi a vez da bota do pé esquerdo se afundar na lama espessa do norte da Ilha de Santa Maria.

Caminhei com as botas emolduradas por uma camada robusta de lama até à ribeira que salta da falésia mais à frente. Foi lá que as lavei, sacudi, espremi, o que não impediu de seguir pelo asfalto da costa norte, entre Lagos e Feteiras, a fazer "plop, plop,plop".
Sem comentários:
Enviar um comentário